segunda-feira, 30 de julho de 2007

Relato D2: Cochabamba e chegada em La Paz

Acordamos umas 07:30, relativamente cedo pra quem teve um dia anterior como o nosso. Incrível a capacidade do ser humano de revigorar-se. Tomamos o ótimo café da manhã do Ceasar's Plaza. No próprio saguão do hotel havia uma agência de viagens, e compramos nossas passagens pra La Paz lá mesmo (B$384 cada, pela Aerosur, pago em dólar), pra sair às 16:40. Com o trauma de ônibus e as carreteras ainda fechadas, o avião era nossa única saída.

Em seguida fomos passear pela bela cidade que é Cochabamba. Na região do hotel havia algumas praças bonitas, muito comércio e camelôs. Lembrou um pouco o centro de SP, só que mais civilizado até. O clima estava bom, uns 20ºC e sol. Compras: ólculos de sol (B$45), touca com orelha (B$15), sorvete (B$4), soroche pills (B$2 cada).

Voltamos pro hotel e cochilamos até a hora do check out (tínhamos que aproveitar o preço da diária ao máximo...), demos mais uma volta, troquei dólares a B$7,83 (a melhor taxa de toda a viagem) e pegamos um taxi. Combinamos com o taxista de ele nos levar ao aeroporto pra fazermos o check-in bem cedo, ele nos levar ao Cristo e levar de volta ao aeroporto. Tudo por B$55. O Cristo lembra bastante o carioca, inclusive em tamanho. Fica sobre uma montanha e dá pra vê-lo de qualquer ponto da cidade, constituindo um ótimo mirante. No caminho o taxista nos falou que Cochabamba tem cerca de 2 milhões de habitantes, o que me surpreendeu. Lá de cima, porém, dá pra ver que o número é esse mesmo; a cidade é enorme.

De volta ao aerporto, almoçamos por lá mesmo - x-salada c/ fritas (B$18) e suco de laranja (B$8). Pra eles, preço de aeroporto; pra nós, preço de lanchonete da esquina. O vôo saiu com 50 minutos de atraso, mas foi tudo bem. Na espera, entramos na internet e tomamos uma soroche pill. Detalhe do serviço de bordo da Aerosur: eles dão umas trouxinhas com 2 pães recheados antes de entrar no avião. Lá dentro, só bebida. Durante o vôo havia muitas nuvens, mas dava pra ver alguns picos da Cordilheira vencendo a altura delas.

Chegamos em La Paz depois de 40 minutos, no pôr-do-sol. Como o aereporto fica em El Alto - cidade conurbada a La Paz, em local mais elevado - dá pra ver as montanhas da Cordillera Real que cercam a cidade, destacando-se o Illimani e o Huayna Potosi. A sala de desembarque já dá pra área externa do aeroporto. O táxi até o centro é tabelado em B$50. Pegamos uma das vans que fazem o mesmo trajeto por B$3,80 por pessoa. Quem já pegou lotação em SP ou Brasília não vai estranhar - é exatamente a mesma coisa. Os caras são até mais legais.

Nossa intenção era chegar até o Hostal Copacabana, do qual eu ouvi falar muito bem. Só que quando perguntamos na van, nos ensinaram a chegar no Hotel Copacabana. Só fui saber do erro na volta. O Hotel Copacabana é um 3 estrelas que fica na melhor região do El Prado, a rua mais bonita de La Paz. Vimos o hotel e gostamos bastante, mas o preço da diária (B$47 o casal) estava além do meu orçamento. O próprio carregador do hotel nos indicou um mais em conta e nos levou até lá (uns 300m ladeira acima), carregando inclusive toda nossa bagagem. Dei B$10 de gorjeta pro cara, porque era uma subida danada pra fazer carregando aquele monte de coisas. E na altitude, o que mais pega é subida. Andar no plano não cansa tanto. Ficamos então no La Estancia, por B$155 o casal com café. O hotel tinha um quarto grande, TV a cabo, baño privativo com água quente o dia todo e era bem limpinho.

Depois de instalados, fomos passear no El Prado e comer. A rua nos chamou muito a atenção e foi a maior surpresa de La Paz. Não esperava encontrar uma rua tão limpa, com jardins lindos e bem cuidados, ótimos restaurantes e prédios modernos. Senti-me na Europa, ainda mais com o frio de 5ºC que fazia à noite. Comemos num lugar chamado Brosso, o qual recomendo fortemente - 1 porção bem-servida de nachos (B$27) e uma jarra "média" (vem mais de 1 litro) de suco de laranja (B$13). Comer bem assim, gastando o equivalente a menos de R$10 o casal, só mesmo na Bolívia. O restaurante/lanchonete é muito bem decorado, tem um cardápio internacional e os pratos são lindíssimos - vêm do jeito que aparece na foto do cardápio. Voltamos lá outras 3 vezes.

Na volta, uma água 2 litros (B$5), banho e cama.

domingo, 29 de julho de 2007

Fotos D1

Vou publicar as fotos separadamente dos relatos. Acho que vai ficar mais organizado.


Santa Cruz: Hotel 7 Mayo

Santa Cruz: terminal bi-modal visto do hotel

Comendo poeira de Santa Cruz a Cochabamba: desespero

Típico vilarejo na estrada

Vistas magníficas no trajeto (não vale a pena a poeira)




Vídeo do ônibus

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Relato D1: Santa Cruz-Cochabamba - o dia do medo

Chegamos à 01:00 no aeroporto de Viru-Viru. A imigração foi bem simples. Eu tinha esperança de ainda checar o preço das passagens e horários na Transportes Aereos Militares, mas o aeroporto todo estava fechado. Só deu pra ver o preço da Aerosur pra La Paz (U$120,00), muito caro. Não deu nem pra trocar dinheiro. Pegamos um taxi até a cidade. Tem que acertar antes, e fechamos em U$7,00 até a cidade. Vale a pena, porque fica realmente longe e naquele horário os microônibus não estavam correndo. Queríamos ir a um hotel perto da rodoviária, pra pegar o bus pra La Paz logo de manhã. O meu Rough Guide dizia que o Hostal 7 de Mayo era limpo e com quartos modernos. Grande engano. Os quartos são horríveis, fazendo juz ao seu preço: B$60,00 o casal (eu acabei dando U$10,00 pra pegar o troco depois, mas não deu tempo, ficou por isso mesmo).

Acordamos cedo no dia seguinte e fomos pra rodoviária. Troquei U$200 a B$7,80 com um tiozão na frente do terminal. No terminal, a oferta é (ou deveria ser) grande de passagens saindo em todos os horários para La Paz e Cochabamba. O que eu não esperava é que, justamente nesse dia, iniciaram-se grandes protestos em toda a Bolívia. Como de costume, eles fecharam várias estradas, em especial a que liga Santa Cruz a Cochabamba e esta última a La Paz. As principais companhias não estavam saindo, só aquelas de segunda linha. Ficamos meio sem saber o que fazer, e na pressão acabamos comprando bilhete (B$60 por pessoa) em uma companhia que iria sair às 7:00 e, supostamente, chegar às 14:00 em Cochabamba, usando uma estrada antiga. Esse foi, com toda certeza, o maior erro de toda a viagem.

Levamos todas as mochilas conosco, pois não confiamos nos caras, o que nos deixou apertados (eu fui o tempo todo abraçado à minha mochila 80L). Depois de 50 min. de atraso, o ônibus partiu. Antes de deixar Santa Cruz, o ônibus já estava com os corredores lotados de gente - e só nós dois de turistas. Ao meu lado foi uma cholla. O clima em Santa Cruz é quente e, algum tempo depois, todos (especialmente a cholla) começaram a exalar odores sudoríparos. Não nos abatemos, afinal estávamos ali também pela aventura.

Cerca de quatro horas depois veio a primeira parada, e foi quando me dei conta de que a viagem demoraria bem mais que o esperado. Não estávamos nem a um terço do caminho, e ainda haveria um bom trecho de terra a passar. A vila onde paramos lembra muito aqulas cidades de faroeste americano. Estávamos meio enjoados da viagem e do fedor e não havia nada pra comer que não despertasse algum medo - fora que demoramos muito pra escolher e a comida do lugar simplesmente acabou. Já era quase meio-dia, e meu almoço foi uma garrafa de coca-cola. A paisagem começava a mudar, com a estrada cortando montanhas, o clima um pouco mais frio e bem seco, e a vegetação variando de algo parecido com o nosso cerrado para cactos. O vento trazia muita poeira.Pelo menos ainda tínhamos as goiabinhas e um torrone, que comemos logo que o ônibus partiu.

Uma hora depois, quando estávamos já bem de saco cheio, foi quando começou a tortura. Assim que acabou o asfalto, a poeira da estrada invadiu o ônibus de forma violenta. Era uma poeira diferente da que estou acostumado, muito fina, que parece grudar nas paredes dos brônquios e asfixiar. Não dava pra dar uma respirada um pouco mais funda sem começar a tossir. Ao terminar de tossir, não dava pra tomar aquele fôlego, pois senão começava uma nova crise. Isso ocorria mesmo colocando várias camadas de pano na boca. Pra completar, estávamos ganhando altitude. Se imaginar passar por isso por 10 minutos já parece tortura, aos 30 já estávamos desesperados. E foram horas desse jeito. As roupas, malas, cabelo, tudo estava completamente coberto de pó. Eu achei que iria pegar uma doença pulmonar pelo resto da vida e, no meio do desepero, era comum pensarmos que iríamos morrer ali mesmo (um sentimento que, apesar de tudo o que já passei na vida, nunca foi tão ameaçador).

Nisto o ônibus, no meio daquelas estradas tortuosas, com precipícios enormes do lado, teve um pneu furado. Foi até bom pra baixar um pouco a poeira e dar uma caminhada.

Nessa hora o que me consolava era que, ao chegar em Cochabamba, eu iria comer bem, ir a um bom hotel (afinal, estávamos merecendo) e talvez a um hospital, fazer uma inalação com vapor (coisa que eu nunca fiz na vida). Depois que a noite caiu, uma boa notícia: o asfalto voltara. Não era nenhuma highway - tinha só uma pista, e quando vinha outro veículo na direção oposta um dos dois tinha que sair para o acostamento. Mas pelo menos tinha menos poeira. O frio da noite também ajudou a diminuir o pó e finalmente conseguimos dar uma cochilada.

Às 20:00, faltando cerca de duas horas pra chegar, veio a coroação da viagem: o ônibus começou a engasgar as marchas e quebrou. Ficamos esperando, e aos poucos as pessoas iam tomando coragem pra descer naquele frio. Foi quando veio a notícia de que o motorista não estava mais lá. Disse ele que foi buscar ajuda. Nisso até os bolivianos estavam apavorados, e não nos prestavam nenhuma ajuda. Na estrada passava um carro a cada cinco minutos. Nós descemos e fomos tentar pedir carona. Eu mostrava notas de dinheiro pros carros, pra ver se eles se sensibilizavam ao menos com isso. Nada... Depois de bobearmos e não pegarmos um taxi que estava passando por ali e saiu com uns 9 amontoados dentro do carro, demorou uns 15 minutos para um ônibus parar e pegar uma meia-dúzia. Desta vez fomos espertos e ficamos entre os escolhidos. Cobraram só B$10 por cabeça (se tivessem me pedido U$100 eu pagava com gosto).

Agora éramos nós que estávamos no corredor. O ônibus tinha feito o mesmo caminho que nós, porém saiu de Santa Cruz às 11:00. Fora que tinha ar-condicionado, então eles não tiveram problemas com pó. Fiquei me sentindo um palhaço. Tinha até TV, que passava uns shows com músicas locais.

Lá pelas 22:00 finalmente chegamos em Cochabamba. É incrível como o corpo e a mente humanas são capazes de se recompor. Poucas vezes senti um alívio tão grande em minha vida. Os pulmões já doíam pouco e eu estava feliz por poder respirar livremente - e olha que eu estava carregando uns 30 kg nas costas, recém chegado a uma altitude de 3.500m. Fomos para um dos melhores hotéis da cidade: Ceazar's Plaza Hotel. 4 estrelas, a B$310 o casal. Não pensei que eu fosse ficar em um hotel desse nível durante a viagem, mas estávamos realmente precisando. Pedimos uma pizza no quarto, tomamos banho e dormimos maravilhosamente, em meio aos lençóis branquinhos e macios. Um bom final para um dos piores dias da minha vida.

PS: de tudo se pode tirar uma lição. Nesse dia eu finalmente aprendi a diferenciar aventura de enrascada. O que eu passei não foi uma aventura. Não é algo de que me orgulho. Com certeza esse dia contriubuiu para tomarmos mais cuidado pelo resto da viagem. E, sim, esse dia contriubuiu de alguma forma para que eu desistisse de subir o Huayna Potosi.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Contato 8: Santa Cruz de la Sierra

Este é o último contato. Depois de duas semanas viajando, chega a hora de voltar pra casa - um pouco mais cedo do que o previsto, é verdade. O caso é que as ameaças de mais bloqueios nas estradas nos deixou apreensivos, e eu resolvi nao fazer a subida do Huayna Potosí, o que levaria 2 dias. Assim, chegamos ao final da viagem, com 3 dias de antecedencia do que o previsto.

A partir de agora, eu vou postar os relatos de viagem, contando nos mínimos detalhes como foi dia a dia.

É bom voltar pra casa. Estou com saudades.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Contato 7: La Paz

Entao, foi o seguinte: o plano era ir de madrugada pra Cuzco e pegar o primeiro onibus pra Puno, fazer as Ilhas de Urus e vir pra La Paz. No entanto, chegando em Puno, os onibus naum estavam saindo de manha por medo de um novo bloqueio. O medo contagiou a nós tambem, e compramos a passagem pra noite do mesmo dia, que naum deveria ter problema.

Ficamos em Cuzco e assistimos à final da Copa America num pub mto legal. Os gringos estavam todos torcendo pra Argentina e tinha meia dúzia de brasileiros. Foi mto massa.

Chegamos em Puno de madrugada e compramos o primeiro bus direto pra La Paz (medo dos bloqueios). Deu tudo certo, a viagem foi muito boa. Pegamos soh onibus bons.

Chegamos em La Paz no dia do aniversário da cidade. Tudo meio fechado. Queríamos já comprar passagens pra chegar em Santa Cruz amanha. Naum sei se vai dar. Mas em todo caso eu chego pelo menos na quinta de manha (Alvaro, prepare o relogio).

Em La Paz o onibus parou bem de frente pro Hostal Copacabana (que eu já tinha ouvido falar bem). Entramos pra dar uma olhada e ficamos. Estou na internet do Hostal, de gratis!

Agora queremos eh relaxar. Em La Paz pode-se comer muito bem pagando muito pouco. É o que faremos logo. Abraços.

sábado, 14 de julho de 2007

Contato 6: Aguas Calientes

Estou em Aguas Calientes, tambem conhecido como Machu Picchi Pueblo. Eh uma cidadezinha no meio das montanhas, com acesso soh por trem, e a base para se ir a Machu Picchu. Daqui se pega um bus por 15 minutos pra subir a montanha e lah estamos. A cidade eh bem turistica, cheia de gringos e com os precos das coisas direcionados pra eles hehehe.

Hoje fomos a Machu Picchu. Como passamos a noite em Aguas Calientes, quisemos chegar bem cedo lah em cima. Pegamos o bus as 05:40. Lah tinha um guia esperando (compramos um pacote em Cuzco) e depois do passeio guiado subimos o Wayna Picchu, a montanha que tem do lado e que aparece em todas as fotos da cidade inca. Foi demais de estafante. Entre ida e volta demoramos 3 horas. Mas a vista de lah eh mto louca. Fora que eh uma montanha mto bonita de se subir, um desafio e tanto.

Ontem fizemos o passeio do Valle Sagrado, que saindo de Cuzco se passa por alguns sitios arqueologicos com ruinas incas (que naum ficam taum atras das de Machu Picchu, de tao impressionantes). Tudo parte do pacote. A noite pegamos o trem para Aguas Calientes.

Esse eh meio que o fim da linha. Agora eh soh retorno, fazendo claro o que naum fizemos na ida em Puno e Copacabana (acho que naum faremos a Ilha do Sol... jah vimos muita coisa inca).

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Contato 5: Cuzco

Já se foram 2 dias em Cuzco. Conseguimos passagens só pra amanha pra Machu Picchu, porque ainda havia protestos marcados pra hoje. Amanha vamos dormir em Aguas Calientes, o vilarejo perto de Machu Picchu, e sabado visitaremos bem de manha a `cidade perdida´.

Os protestos sao pra chamar a atençao, acho que porque greves naum adiantam mais por aqui. Eles jogam umas pedras enormes nas estradas e ficam lah fazendo baderna. Mesmo que alguem queira furar o bloqueio, naum da pra passar pelas pedras. Depois que libera, vem umas pessoas e tiram as pedras.

`Tinha uma pedra no meio do caminho. No meio do caminho tinha uma pedra.´

Cuzco, mesmo que naum existisse Machu Picchu, jah seria uma das principais cidades turisticas da America do Sul. A cidade eh muito legal, muita riqueza historica, cultural e fisica mesmo (em cada igreja deve ter algumas toneladas de ouro nos enfeites).

Hoje foi um dia muito especial tanto pra mim como para a Katria. Na volta vcs saberao da surpresa.

Abraços a todos.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Contato 4: Cuzco

Oi pessoal, obrigado pelos comentarios.

Ontem deveriamos ir a Puno e ver as ilhas flutuantes de Urus, mas estamos de novo com problemas de bloqueios nas carreteras (estradas), agora no Peru. Viemos direto pra Cuzco, tendo que passar a pe por um bloqueio que anteciparam (estava marcado pra hoje e amanha). O onibus deu uma volta e pegou a gente lah na frente. Na volta faremos Urus e Ilha do Sol, provavelmente.

Foi cansativo ficar o dia inteiro no onibus ontem, mas conhecemos alguns estrangeiros e pudemos treinar o ingles (estamos cansados de portunhol). Cuzco eh muito legal e bonito. Ainda nao comecamos o turismo propriamente dito. No Peru as coisas sao um pouco mais caras que na Bolivia, mas bem mais baratas que no Brasil.

Estou ainda mais decidido por naum fazer o Huayna Potosi, por motivos que explicarei melhor depois. Talvez antecipemos a volta em 1 ou 2 dias. Queremos churrasco quando voltarmos.

A Katria manda beijos a todos (eu tambem).

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Contato 3: Copacabana

Estamos agora em Copacabana, às margens do Lago Titicaca. É uma cidadezinha bem pequena, mas acolhedora. A catedral é lindíssima, e o altar é um dos mais bonitos que já vi, todo trabalhado em ouro e prata. Incrível ver uma coisa dessas no meio de tanta pobreza.

Ontem fomos ao Chacaltaya, e só posso dizer uma coisa: SENSACIONAL!!! Na noite anterior choveu e amanheceu um dia lindo, com sol entre nuvens. A subida é exaustiva, mesmo para um atleta como eu (hehehe). Sério, eu sofri mais com o soroche do que a minha namorada, que naum eh muito chegada em esportes. Chegamos a 5.500 metros de altitude e vimos a neve.

Por falar em neve, esta noite nevou nas partes altas perto de La Paz. Os carros que vinham de El Alto estavam com uma camada de uns 30cm de neve. Demos sorte e do lado do nosso hotel estava saindo um grupo de brasileiros de Brasília justamente pra Copacabana, em ônibus fretado. Fomos com eles. No caminho, o busao parou e brincamos na neve. Ai, que divertido.

É isso. Depois de um primeiro dia de muito sofrimento, parece que as coisas só melhoram.

Acho que naum vou mais subir o Huayna Potosi. Nao sei ainda, mas acho que o primeiro dia já valeu o desafio que eu procurava, e a vista do Huayna naum deve ser assim taaao diferente da do Chacaltaya. Fora que ficamos com mais dias e $$$.

Acabei de falar por telefone com meu pai e o Alvaro. Foi tanta emoçao que eu quase dei o dinheiro errado.

Abraços a todos.

sábado, 7 de julho de 2007

Contato 2: La Paz

Depois do susto do primeiro dia, agora tudo é alegria. Chegamos em La Paz ontem e nos surpreendemos com a cidade. O frio naum é tao frio assim. O El Prado é lindíssimo, parece que estamos na Europa. Estamos alojados no Hostal La Estancia, um bom local, perto do Prado, e com bom preço: B$155 com café da manha muito bom. No Prado tem restaurantes ótimos (ótimos mesmo, com padrao internacional) a preços inacreditáveis.

Hoje fomos conhecer as ruínas de Tiwanaku. Acabamos indo de taxi, pois no fim de semana naum há muitos ônibus pra lá. Pagamos um pouco mais, mas fomos muito mais rápido e confortáveis. Foi muito bom, os detalhes eu conto depois.

Amanha é dia do Chacaltaya. A altitude incomoda, mas naum estamos nos sentindo mal. Eu senti um pouco de dor de cabeça, mas talvez seja uma noite mal dormida, e naum a altitude.

Estamos muito bem e felizes por estar aqui. Saudades de todos aí no Brasil. Abraços.


PS: deixem comentários, pra eu saber se alguém está lendo este blog.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Contato 1: Cochabamba

Este è meu primeiro contato em territòrio estrageiro. Estou ainda em Cochabamba, no aeroporto esperando para partir a La Paz. Atrasamos um dia no cronograma. Ao chegar em Santa Cruz na noite de anteontem pra ontem, fomos pro hotel e cedinho fomos pra rodoviária. Daí que ontem foi um dia D em termos de bloqueio de estradas. As empresas naum estavam partindo nem pra La Paz (dois bloqueios) nem pra Santa Cruz. Acabamos decidindo por pegar um bus por uma estrada antiga até Cochabamba. Grande erro. Um dos maiores da minha vida. A mulher falou que chegaríamos às 14:00. Chegamos às 22:00. Mas o pior foi o durante. Os detalhes eu conto depois. Posso dizer que foram momentos dos mais desesperadores da minha vida.

Chegando em Cochabamba eu queria um refúgio, pois a viagem foi foda mesmo. Decidimos pagar mais pra ficar num bom hotel. Ficamos no Ceasar´s Plaza, um 4 estrelas bem no centro. Adorei Cochabamba. Hoje pela manha e começo da tarde passeamos um pouco.

Próxima parada: La Paz.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

De saída

Parto esta noite rumo a Santa Cruz de la Sierra. A mochila está praticamente pronta. Pouca coisa, só o essecial. A expectativa é grande.

Pretendo chegar em Santa Cruz perto da meia-noite e, no aeroporto, ver os preços de passagem aérea pra La Paz partindo na manhã seguinte. Talvez os preços por ali sejam mais baixos que pela internet. Se for menos de U$100 por cabeça, talvez eu vá de avião mesmo, pra economizar tempo e cansaço, ainda mais porque não sei que hora vai haver ônibus pra La Paz. Se eu decidir ir de ônibus (o que é mais provável) eu pego um táxi para algum hotel perto da rodoviária e passo a noite por ali, pegando o primeiro ônibus pra La Paz no dia seguinte.

Boa sorte pra nós.