terça-feira, 7 de agosto de 2007

Relato D7: Cuzco

Acordamos às 08:45. Tem uma lavanderia no próprio hotel, a S$4 o quilo. Deixamos 4,5 kg de roupa pra lavar. Tínhamos a intenção de no dia seguinte fazer o Valle Sagrado, chegar em Aguas Calientes no final do dia, dormir lá e ir pra Machu Picchu na madrugada do outro dia. A Sra. Elisabeth do hotel nos ofereceu um pacote com Valle Sagrado, passagens, hospedagem, guias, etc. Tudo por U$140 por pessoa. Ficamos de pensar e saímos pra conhecer as atrações do centro de Cuzco.

Chegando nos arredores da Plaza de Armas vimos passeatas, ruas fechadas, muitos protestos. Grande parte das atrações turísticas estava fechada. Era domingo. Mesmo assim, achamos uma cyber. Gravei um CD com as fotos (S$5), entramos na internet (S$5 a hora) e ligamos pra casa (S$,50 o minuto). Fomos até o Convento de La Merced, e gostamos muito. É uma construção muito antiga e bonita, com uma bela coleção de quadros e uma linda igreja. Mas a grande atração é custódia ou ostensório que tem ali. É uma peça feita com 22 kg de ouro puro, 1.518 diamantes, 615 pérolas (uma delas é a segunda maior do mundo), além de rubis, topázios e outras pedras preciosas. Segundo o guia, é a jóia mais valiosa da América Latina. Eu acredito nele.

Saindo do convento fomos a um café muito chique que tem logo em frente. O legal de ir nesses lugares chiques é que ainda se paga menos do que no Brasil (S$4 num expresso e S$3 por um pratinho de salgadinhos). Ao lado do café tem um restaurante chiquérrimo, que vai ser comentado mais pra frente.

Fomos tentar ver as passagens de trem pra Machu Picchu. Por causa dos protestos, a Peru Rail não iria sair nos próximos dois dias. Só uma estação estava vendendo as passagens. No caminho pra outra estação, almoçamos numa polleria - frango c/ arroz, sopa e refresco (S$3,50). Não nos adaptamos muito bem a essa comida local. A Katria não comeu quase nada.

Como o hotel ficava no caminho, resolvemos passar por ali pra descansar. Conhecemos a Carlene, uma goiana que estava no hotel. Ela falou muito bem do passeio que o hotel vendeu. Pensei muito e acabamos aceitando o pacote, mais pela segurança do que pelo preço. Acabei me arrependendo depois, mas aí já era tarde.

Fomos com a Elisabeth à estação comprar as passagens. Não estavam vendendo para o próximo dia, conseguimos comprar só pra dois dias depois, saindo de Ollantaytambo à noite e voltando de madrugada, dois dias depois. O preço foi U$47 por pessoa, ida e volta. Voltando ao hotel, a Carlene começou a conversar com a Katria e eu aproveitei pra ir comprar a surpresa.

A surpresa é que eu tinha decidido ficar noivo. Eu já saí do Brasil com essa intenção, e os acontecimentos da viagem, aliados às atitudes da Katria, fizeram-me ter certeza de que ela é a mulher certa. Na loja, fiquei com uma dúvida cruel: os casais que eu conheço que ficaram noivos o fizeram com duas alianças, como as de casamento. Mas eu sempre vejo na TV e no cinema que pra ficar noivo basta dar um anel de noivado para a mulher, diferente do de casamento, e com um diamante - e isso foi o que disse a mulher da loja. Liguei pro meu irmão e ele me convenceu a comprar duas alianças mesmo. A intenção era fazer o pedido em Machu Picchu, mas talvez fosse antes, pra dar tempo de arrumar o anel caso não servisse.

De volta ao hotel, peguei a Katria e saímos. Trocamos dólares (S$3,15) e fomos à igreja Cia. de Jesus (S$5 estudante) e em seguida a Catedral (S$8 estudante), as duas igrejas da Plaza de Armas. Se eu tinha ficado impressionado com a Catedral de Copacabana, agora eu não sabia o que sentir. A riqueza dentro dessas igrejas é tanta, mas tanta, que eu não sei como ela ainda existe. Acredito que se fosse tudo vendido, dava pra dar uma vida bem mais digna pra pobre população peruana. Mas aí eu não poderia ver tanta beleza, hehehe. Todas as imagens de santos ficam em altares enormes folheados a ouro, com vestes bordadas a ouro, com pedras preciosas. Algumas peças de prata parecem pesar toneladas. Fora o acervo de pinturas e esculturas. E a arquitetura das igrejas é magnífica. Realmente impressionante. Pena que não podia tirar fotos das igrejas.

Fomos jantar no charmoso restaurante Bagdad, com vista para a Plaza de Armas. Uma pizza média (S$21) e um suco de laranja (S$5,50) com duas taças de vinho de cortesia. Chegamos cedo no hotel e acabamos capotando. Dormimos por umas 12 horas.

Um comentário:

Anônimo disse...

oi riu